terça-feira, 3 de setembro de 2013

TPM

Eu estava no quarto quando ouvi o grito dela:
-GEOOOOORGE!
Me levantei rapidamente e fui até a cozinha. Quando cheguei na porta, ela estava parada na frente da mesa olhando para mim com os olhos cheios de raiva.
Respirei fundo e pensei: Fudeu!
- O que aconteceu Marcia?
- Como assim o que aconteceu?! Para de ser sínico Mario George. 
Por um instante eu realmente não sabia o que havia acontecido, até que olhei para o prato verde em cima da mesa e… “Puta que pariu! A tor…”
Meu pensamento foi  interrompido por  outro grito.
- SEU FILHO DE UMA ÉGUA! VOCÊ COMEU MINHA TORTA!
- Mas..
-MAS O QUE? VOCÊ SABE QUE ESSA É MINHA TORTA FAVORITA E VOCÊ AINDA ME FAZ UMA COISA DESSAS! FILHO DA PUTA!
- Opaaa! Minha mãe não tem na haver com isso…
-Não foge do assunto!
- Nossa, eu pensei que você não iria se importar tanto, é só uma torta.
- AAAH, AGORA VOCÊ PENSA? MAS NA HORA DE COMER NÃO PENSOU! (Cara de deboche)
- Mas é só uma torta mulher.
- Não George, não é SÓ uma torta, é a MINHA torta favorita que eu pedi pra você não comer.
Ela me olhava com tanta raiva que as vezes eu tinha a impressão de que ela iria voar no meu pescoço e arrancar minha cabeça.
- ta, depois eu compro outra pra você.
- MAS EU QUERO AGORA!
-então eu vou lá comprar e…
- Você  nunca entende né? Quando eu peço pra não comer, é pra não comer, mas tudo o que eu falo com você, entra por um ouvido e sai pelo outro na mesma hora.
O humor dela mudou do nada, de um ódio extremo foi pra tristeza ou sei lá, só sei que ela começou a chorar em quanto falava.
- Poxa Mario George, tudo o que eu pedi foi pra você não comer a torta, porque você nunca me escuta?
Eu não sabia o que responder, não conseguia vê-la chorar  daquele jeito, é tortura demais, mas eu também não conseguia entender o porque desse escândalo todo, meu deus, é só uma torta.
Ela chorou ali na minha frente por uns 30 segundos e depois saiu quieta e se trancou no quarto. Eu fiquei ali parado tentando entender o porquê disso, foi quando eu olhei para o calendário que ficava na porta da geladeira e falei sozinho:
- Dia 20… Pera ai! Ela ta entrando no período de… CARALHO ELA TA NA TPM!”
Dessa vez eu pensei rápido, peguei as chaves do carro e fui à padaria comprar outra torta.
Cheguei em casa, fui até o quarto e bati na porta.
- Amor, abre ai.
- O QUE VOCÊ QUER?
- Abre a porta vai. Por favor!
Ela não falou nada, levantou da cama, destrancou a porta e voltou pra cama em silêncio.
- Ei, me desculpa?
Ela continuou em silêncio. Sentei do lado dela na cama e falei:
- Trouxe outra torta pra você bebê…
Ela olhou de canto de olho para a sacola na minha mão, mas continuou quieta. Eu cheguei mais perto dela e dei um beijo em sua testa.
- me desculpa amorzinho?
Ela me olhou e fez sinal de sim com a cabeça. Eu dei um beijo em sua bochecha e entreguei a torta.
- Te amo minha linda.
- Eu também te amo George.
Por fim, ela pegou a torta e disse:

 - Agora desgruda porque eu quero comer minha torta.


(Escrito por Áurea Desirée) 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Suicídio


Fim de tarde, as ondas do mar batiam na pedra, seu coração batia tão forte que podia senti-lo pulsar sem ao menos encostar a mão no peito, havia cortes em seus braços, cortes recentes e cortes cicatrizados, lagrimas escorriam sem parar, ela estava certa do que estava fazendo, nada mais iria mudar seus pensamentos, não havia mais motivos para ficar de pé, a depressão já havia tomado conta dela por inteiro e tudo conspirava a favor de sua morte.
Sofia ajoelhou-se na pedra, fechou os olhos e curvou seu corpo  para baixo, botou as mãos no rosto e orou em voz alta:
- Me perdoa meu Deus, mas não posso mais aguentar tudo isso, só lhe peço perdão e que me deixe enfim descansar em paz…
Ela ficou ali, parada naquela posição por mais ou menos uns  5 minutos, ela levantou, não conseguia parar de chorar, andou até a ponta da pedra e la de cima já podia sentir a água batendo, o vento estava forte, ela respirou fundo, olhou para o céu e mais uma vez falou:
-Perdão meu Deus…
Sem pensar em mais nada, ela se atirou da pedra em direção as ondas que bateram e levaram seu corpo, sem gritar, sem temer a morte, ela apenas se jogou.


              Por: Áurea Desirée

domingo, 12 de agosto de 2012

O reencontro.


Era dia 11 de outubro, pré feriado de dia das crianças, as ruas do Rio de Janeiro estavam cheias de gente correndo pra lá e pra cá a procura de presentes,  mas como eu não tenho filhos nem sobrinhos, não preciso me preocupar com isso.
Meu nome é Matheus, mas todos me chamam de Mat, é mais fácil e mais legal também  (…) Tenho 28 anos e sou musico, terminei minha faculdade a pouco tempo, tenho uma banda com uns amigos, mas ainda não estamos fazendo sucesso, divido um apartamento com o baterista e o vocalista da banda, mas ambos viajaram nesse feriado.
Enfim, Eu estava andando a toa pelo Rio, porque eu estava muito entediado em casa e decidi sair um pouco, enquanto andava avistei uma menina que me parecia muito familiar, ela estava saído de uma loja, cheia de sacolas de presentes, mexendo em sua bolsa um bocado atrapalhada e distraída, então fui chegando mais perto para poder ver o seu rosto e vi que realmente eu a conhecia…
- Bruna?
Ela olhou para mim com cara de assustada e quando reconheceu meu rosto pude perceber um brilho em seus olhos e seu lindo sorriso de ponta a ponta.
- Matheus! Quanto tempo…  - Falou sorrindo e já me abraçando.
Retribui o abraço dela com um enorme sorriso no rosto também e falei:
- Pois é, já fazem uns 5 anos… Você ta ótima.
Ela deu um sorrisinho envergonhado e falou:
- Você também, e pelo visto fez as tatuagens que queria né. – Riu
- É, mas faltam algumas ainda.  – Dei uma risadinha
- Ficou muito legal (…)
Ficou um silêncio durante alguns segundos e eu não conseguia parar de olhar para seu olhos, eles refletiam a luz do sol de uma forma encantadora e seu sorriso sem graça me deixava sem graça também.
- Bom eu tenho que ir pra casa guardar esses presentes para dar aos meus sobrinhos amanha, quer ir comigo ou tem alguma coisa pra fazer? – falou em quanto fechava a bolsa e pegava as sacolas.
- Bom, eu to andando a toa mesmo, vou com você pra gente, como dizem “botar a conversa em dia”. – (risos)
Ela deu uma risadinha.
- Me da aqui, deixa que eu levo essas sacolas pra você –Falei já pegando as sacolas da mão dela.
-Precisa não eu (…)
- shiiu! Se eu falei que levo então eu levo! – a interrompi.
- Continua o mesmo bobo de sempre. – Falou sorrindo.
- E você a mesma linda de sempre (…) – Na mesma hora em que falei isso pude perceber ela ficando vermelha.
Pegamos o metro e chegamos na casa dela, era uma casa muito bonita, com um ar rústico, um quintal enorme , dois cachorros e muitas plantas.
- Bem a sua cara mesmo essa casa – Sorri.
- Ta dizendo que ela é feia? – Ela falou com um ar de brincadeira.
- não, to dizendo que ela é linda – (risadinha)
E mais uma vez ela ficou vermelha (…) Ela pegou as chaves e abriu a porta.
- Entra, mas não repara, não sou muito de arrumação.
Sua casa era um pouco desorganizada, mas nada caótico, na sala tinha vários quadros encostados na parede pintados por ela, varias tintas e pinceis em uma mesinha, uma estante com muitos livros e o que eu menos esperava ver nos dias de hoje, uma vitrola e muitos, muitos discos de vinil, realmente era bem a cara dela, com apenas moveis antigos, menos os aparelhos eletrônicos com exceção da vitrola.
- Você mora sozinha?
- É, quando comecei a fazer faculdade aqui no Rio eu fui morar com minha tia, mas agora eu já terminei a faculdade e estou  trabalhando, da pra sustentar uma casa, ainda falta termina de mobilhar  o resto da casa (…) me da só um momentinho, pra eu trocar de roupa?
- Claro vai lá.
- Tem cerveja na geladeira se você quiser, tem coca, tem água e tem suco também (…) Pode abrir o armário se quiser comer alguma coisa, fica a vontade!  - Disse em quanto andava em direção ao quarto.
Já que ela falou, foi o que eu fiz, fui até a cozinha, peguei uma cerveja e gritei.
- PEGUEI UMA GELADA PRA MIM!
- PEGA UM COPO DE SUCO PRA MIM? – Gritou do quarto.
- SIM SENHORITA! (risos)
Ela riu (…) Sentamos no sofá, ela botou um disco dos Beatles pra tocar pegou um maço de cigarro e um isqueiro e quando ia acender falou.
- Desculpa.. Você se importa se eu fumar?
- Nunca liguei pra isso lembra?
- A, é(…) – Acendeu seu cigarro.
- Nossa tomando suco e fumando (Pausa..) Ta bom né. – Nós dois rimos
- Então Mat, me conta ai, o que você tem feito?
- Eu to com minha Banda, aquela mesma de antigamente, com o Léo, o Steve e o Ramon.
- Que legal, e como eles estão? Também perdi o contato com eles.
- O Ramon se casou e tem uma filha, o Léo e o Steve continuam solteiros e dividem um apartamento comigo, Nós chamamos de “a toca dos encalhados”, incrível como nós não conseguimos desencalhar nunca.
- Então somos 4 – Ela disse rindo – já faz um tempão que estou sem ninguém, mas é melhor assim mesmo, chega de ter o coação pisoteado por esses caras…
- Ta bom, menina revoltada.
Rimos juntos (…)
Era incrível a forma como eu não conseguia parar de olhar para ela nem por 1 segundo, até fumando ela ficava linda e muito sexy, me lembrei de quando éramos mais jovens e de como era bom ficar com ela (sim, nós tínhamos um rolo quando éramos jovens) e só agora me toquei o quanto senti saudades. Ela tinha uma coisa que era só dela, um charme pessoal e era maravilhoso, uma beleza diferente…
Ela terminou o cigarro e botou a guimba no cinzeiro, pegou o copo de suco e se virou de frente para mim,  com as pernas cruzadas em cima do sofá .
-  Vai fazer alguma coisa amanha?
- Amanha?.. Não, é dia das crianças, não tenho  o que comemorar.  – Dei um sorrisinho.
- Quer ir visitar meus sobrinhos comigo?
- Claro! –Disse com um sorriso no rosto. Afinal, eu não iria fazer nada mesmo.. -  Vai ser uma boa passar mais tempo com a Bruna, lembrar dos velhos tempos.
- Então tá, me da o seu numero que amanha eu te ligo e a gente se encontra.
- Ok anota ai: 98608854
-Prontinho, amanha quando eu for me arrumar eu te ligo, dai você não se atrasa. – Deu uma risada.
- Haha, eu nunca me atraso ta.
- Aaah, só se você mudou né, porque antigamente você demorar mais do que duas mulheres juntas pra se arrumar. – (Rindo)
- Ah, para! Eu nem demorava tanto assim…  Só um pouquinho. –Cruzei os braços fazendo cara de sonso.
- Ok moça. – falou rindo e debochando de mim e nós dois rimos.
Levantamos juntos do sofá e sorrimos um para o outro. Nossa que sorriso lindo…
-Bom eu vou indo então, amanha a gente se fala..
- Ok, vou até a porta com você..
Andamos até a porta, ambos em silencio, ela abriu a porta e deu um lindo sorriso.. Não, eu não me canso de dizer que o sorriso dela é LINDO.
-Boom, então.. até amanha.. – disse estendendo os braços para me dar um ábraço.
- É.. até.. – Falei retribuindo o abraço com um pouco de vergonha e um sorriso no rosto..
Ela me deu um beijo na bochecha  e ficou olhando eu sair.
Nossa, fazia tanto tempo que a gente não e via que eu mal lembrava de como era bom passa o dia com ela. Passei o resto do dia pensando nela, sem querer, quando me ligava , lá estava eu, parado, olhando pro nada pensando e viajando na imagem  dos seus lindos olhos, seu cabelo, seu corpo, sua risada de criança.. Droga se concentra Mat.. Já fazem 5 anos, é lógico que ela não pensa mais em você, sem chances, volte para a realidade…
A noite passou, dormi feito uma pedra e acordei com uma ligação.
INICIO DA LIGAÇÃO:
- ACOOOORDA BELA ADORMECIDA! É  a Bruna.
- Ah.. Bom dia.. (voz de sono)
- Já são 10:40 da manha, passou da hora de levantar..  Até a mocinha ai se arrumar, almoça e pegar  o ônibus já são 13:00, temos que sair daqui da minha casa 14:00 hrs..
- Ta bom (risos) já estou levantando..
- É isso ai! Vou desligar, quando tiver saindo me manda uma sms. Beijinho..
FIM DA LIGAÇÃO.
Nossa que preguiça de levantar, mas havia marcado com ela, então vamos la.. Levantei  da cama totalmente morgado e fui direto para o banho, só assim mesmo pra poder despertar. Tomei  meu banho, me arrumei e fui para a cozinha, eu estava morrendo de fome, parece que tinham 10 cachorros abandonados dentro de mim, comi tanta coisa que depois fiquei mais morgado ainda. Olhei no relógio, 12:45…
-PUTA QUE PARIU! – Berrei
É, eu realmente demoro pra me arrumar..  Peguei minhas coisas, tranquei a casa e fui para o ponto de ônibus.
Quando cheguei no ponto de ônibus, mandei uma sms pra ela “Já to no ponto, daqui a pouco chego ai.”
Demorou uns 5 minutos e apareceu um ônibus. Da minha casa até a dela, dava uns 20 minutos de ônibus, era perto e eu nem fazia ideia..
Cheguei, toquei a campainha, então veio la, toda  arrumada, abriu o portão com um sorriso no rosto.
-Olaa!  Entra ai, vou comer alguma coisa e a gente sai..
-Ok.. (risos)
Entramos e ela foi direto pra cozinha.
- Quer  alguma coisa?
-Aceito um copo d’água..
-Só água? – Disse abrindo a geladeira.
-Sim, estou sem fome…
-Então ta..
Ela pegou a garrafa d’água e me serviu..
-Brigado. -  Sorri e peguei o copo.
- De nada – Sorriu.
Ela pegou uma fatia de torta de chocolate na geladeira, um garfo, sentou em  um banco e comeu bem rápido, depois pegou um copo de suco e tomou.
-Espera um minuto que eu vou escovar os dentes..  – Disse em quanto caminhava para o banheiro.
Ela fez tudo o que tinha que fazer e pegou a bolsa e as sacolas com os presentes.
- Vamos?
-Vamos, deixa  que eu levo essas sacolas.. – Dei um sorriso de lado.
- Ok, ok…
Ela me entregou as sacolas e abriu a porta (…) Quando chegamos  na casa da irmã dela, todos nos receberam muito bem,  principalmente as crianças que já nos receberam pulando no colo da Bruna e perguntando “Quem é esse moço tia?”.
- Esse moço é o Matheus.. – Disse sorrindo e olhando para mim.
Eu sorri sem graça e disse um “oi” meio tímido acenando para as pessoas que estavam ali.
Passamos uma tarde bem agradável na casa da irmã de Bruna, depois que eu perdi a vergonha foi bem legal e engraçados,  joguei até videogame com o sobrinho dela que por sinal era muito bom.. Enfim, Quando deu 19:00 hrs nós fomos embora.
Chegando na casa da Bruna, nós dois estávamos cansados, eu tirei os sapatos e me joguei no sofá dela, ela jogou  a bolsa em cima da mesa  e tirou os sapatos.
-Se importa se eu for tomar um banho?
- Não, não, vai la, posso ligar a televisão?
- Claro que pode.. (risos)
Ela foi tomar banho e em quanto isso eu liguei e TV e coloquei no canal de esportes (…) Ela saiu do banho usando um vestido soltinho que ficava muito sexy nela.
- Prontinho…  Quer alguma coisa?
- Sei la, tem alguma coisa pra gente beber?
-Claro que tem (risos) Tem cerveja, Wisk, Tequila, Vodk.. Você que sabe..
- Wisk por favor.. – Disse rindo.
Ela deu uma risada e foi pegar a bebida, voltou com dois copos e uma garrafa cheia. Ela me serviu a bebida, pegou um cigarro, desligou a TV e disse:
- Vou botar uma musica, tem alguma preferência?
- Sei la, um rock, um blues..
- Que ta um rock das antigas, tipo.. Rolling Stones…
- É, ta ótimo.. (risos)
Botou o disco pra rodar, não demorou muito e começou a se empolgar, começou a cantar junto e dança sozinha com o copo de bebida em uma mão e cigarro na outra,  me lembrei do dia em que  agente se conheceu, ela estava fazendo a mesma coisa só que ao som de Betles.
Eu comecei a rir e me juntei a ela, começamos a dançar e beber feito dois adolescentes,  parecia que tínhamos voltado no tempo e estávamos com 18 anos novamente.
Depois de algumas musicas e alguns copos de wisk, ambos já estavam um pouco “alterados” para não dizer bêbados, ela se jogou no sofá e acendeu outro cigarro.
-Noooossa, a quanto tempo eu não fazia isso..
-Beber e dançar feito louca?
-Exatamente... – Disse rindo.
Sentei no sofá junto com ela, nós dois estávamos rindo a toa, ficamos ali parados por um tempo para recuperar o fôlego, 
- Eu tava com saudades disso sabia? – Ela disse sorrindo e olhando para mim.
-Isso o que?
- De passar esse tempo com você, faz tanto tempo..
Confesso que fiquei um pouco sem graça e com o coração um pouco acelerado…
- Eu também… – Disse com um sorriso sem graça.
Nesse momento ela se aproximou  e me deu um beijo no rosto e encostou a cabeça em meu ombro, eu fiquei sem reação por um instante, depois comecei a fazer carinho em seu cabelo, ela virou para mim e disse sorrindo:
-Eu já estou meio bêbada, com esse carinho eu vou acabar dormindo.
Seu rosto estava tão próximo do meu que foi inevitável, a interrompi com um beijo… Senti todo o meu corpo se arrepiar e meu coração acelerou mais, passei minha mão pela sua nuca e cheguei meu corpo mais perto do dela, conseguia sentir sua respiração ofegante, ela passava uma mão pela minha nuca e a outra pelas minhas costas, fui deslizando minha mão por todo o seu corpo quente e macio. A gente se envolvia cada vez mais e tudo começava a ficar mais intenso e quando percebemos estávamos ali, deitados no sofá, sem roupa alguma, fazendo amor. Começamos no sofá, caímos para o tapete, depois fomos parar na mesa da sala, depois o quarto e por ultimo fomos para o chuveiro… Foi uma noite incrível.

E agora aqui estou eu, deitado em sua cama, olhando para esse lindo rosto em quanto ela dorme, o que vai ser daqui a pra frente eu ainda não sei, mas eu adorei esses últimos dois dias e espero que continue sendo assim, eu e ela, juntos, mesmo que não haja nenhum compromisso, eu só não quero ter que  ficar tanto tempo longe dela novamente..

       Por: Áurea Desirée.

Quem matou Annie?

( Esse é um pequeno conto baseado na musica  SMOOTH CRIMINAL - Michael Jackson. )




A festa estava rolando la em baixo, uma festa formal, todos muito bem vestidos.
Annie desceu as escadas como uma rainha e era impossível não reparar que todos os olhares se desviaram para ela, alguns impressionados com sua beleza e alguns maliciosos, dispostos a arrancar seu vestido a qualquer momento. 
Annie estava ali, perto da janela conversando com um casal e quando todos estavam distraídos ouviu-se um barulho, As janelas se quebraram, voou vidro para todos os lados, os convidados ficaram apavorados e começaram a gritar e se esconder e quando olharam para a janela lá estava ela, Annie havia sido atingida por uma bala, mas não havia a matado, ela conseguiu se mover e muito fraca se escondeu em baixo de uma mesa, um homem, forte, de terno e com a cara tapada entrou pela janela e gritou, “ONDE ESTÁ ANNIE?”, era uma voz rouca e desconhecida, todos ficaram sem reação e imediatamente o homem olhou para a mesa onde Annie estava escondida, ele não esperou muito e foi em sua direção, ela tentou correr para as escadas, mas estava cansada e fraca e sem nenhuma piedade ele atirou diretamente em seu peito.
Annie caiu no chão e seu sangue foi se espalhando pelo carpete, esse era o seu fim e o assassino foi em bora sem levar nada.
Ninguém entendeu o porquê e ficou aquela incógnita no ar, mas de uma coisa eu tenho certeza, aquele homem já estava esperando por isso a muito tempo (...)

                Por: Áurea Desirée